CPI do Cimi terá Mara Caseiro como presidente e aliado como relator


Leonardo Gomes

A CPI contra o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) realizou sua primeira reunião de trabalho, onde foi decidida que a deputada Mara Caseiro (PT do B), proponente desta investigação, será a presidente, tendo como relator, Paulo Corrêa (PR), aliado da parlamentar, que desde o começo defendeu a realização desta apuração. 

Os cinco integrantes da comissão parlamentar começaram a reunião colocando o nome de Mara Caseiro como presidente, não houve nenhuma objeção, sendo escolhida para função. Já aos cargos de relator e vice-presidente teve disputa, nos dois casos o deputado Pedro Kemp (PT) foi derrotado por Paulo Corrêa e Marquinhos Trad (PMDB), respectivamente. 

O detalhe é que o petista sempre se colocou contra esta investigação, tanto que apresentou junto com sua bancada um requerimento para barrar a CPI, depois de negado pela presidência da Casa, chegou a cogitar um boicote do partido, mas depois resolveram que a melhor alternativa, era justamente participar de forma ativa da discussão, fazendo um contraponto importante. 

Depois da definição de cargos, também foi estabelecida que as reuniões do grupo serão as terças-feiras e que vai ter um regimento de trabalho para esta investigação, o que foi criticado pelo petista. “Na nossa legislação já existe um regimento da Assembleia que também trata a CPI, esta proposta é esdrúxula”, disse ele. 

A deputada rebateu dizendo que o documento da Assembleia possui algumas falhas e por isso preferiu colocar este novo documento. Sobre os motivos e criticas da investigação, Caseiro voltou a dizer que não se trata de denúncias “genéricas” e sim fatos e evidências que vão ser apurados nesta comissão parlamentar. 

"Vamos conduzir os trabalhos com lisura dando ampla defesa a pessoa que aqui estão sendo citadas, pois a CPI teria começado imparcial", garantiu a deputada, que representa a classe ruralista e foi fortemente criticado por movimentos sociais e a favor dos índios, que gostariam que a Assembleia fizesse uma investigação contra o Genocídio dos Povos Indígenas no Estado e não contra o Cimi.